terça-feira
Poemas
Notícias relacionadas com As Alterações Climáticas

A Comissão define elementos centrais da estratégia pós-2012
O Comissário do Ambiente, declarou: “Combater as alterações climáticas não é uma questão de escolha, mas de necessidade. Vamos continuar a dar o exemplo, mas também a pressionar todos os nossos parceiros internacionais para que se integrem no esforço. Estou convicto de que é ainda possível mantermos o compromisso de limitar os aumentos de temperatura a um máximo de 2 °C. Acresce que, segundo as nossas projecções, os custos associados à estratégia pós-2012 hoje definida são comportáveis para as nossas economias.”
O relatório da Comissão recomenda que a estratégia da UE pós-2012 inclua os seguintes elementos:
Maior participação internacional na redução de emissões. A UE deve continuar a dirigir os esforços multilaterais no domínio das alterações climáticas, mas simultaneamente identificar incentivos para atrair à causa outros grandes emissores, incluindo países em desenvolvimento. Ao longo de 2005, deve estudar opções para um regime futuro, baseado em responsabilidades comuns, embora diferenciadas.
Inclusão de mais sectores, nomeadamente aviação, transporte marítimo e silvicultura, porquanto, em algumas regiões, a desflorestação contribui significativamente para aumentar as concentrações atmosféricas de gases com efeito de estufa.
Impulso à inovação na UE, para assegurar o desenvolvimento e a adopção de novas tecnologias respeitadoras do clima, bem como decisões correctas em matéria de investimentos a longo prazo na infra-estrutura de energia, transporte e construção.
Utilização contínua de instrumentos de mercado flexíveis para reduzir as emissões quer na UE quer a nível mundial, como o sistema comunitário de comércio de direitos de emissão.
Políticas de adaptação na UE e em todo o mundo, o que impõe esforços acrescidos para identificar vulnerabilidades e aplicar medidas de aumento da capacidade de adaptação (resiliência).
- “Tomar recebeu o alerta de inundação atempadamente e as operações de prevenção parecem ter surtido efeito. O rio Nabão e os seus afluentes galgaram as margens, «mas os sacos de areia e os painéis que foram colocados impediram que as águas invadissem casas e estabelecimentos comerciais, nas zona da Levada», explicou ao Portugal Diário Victor Parrana, segundo comandante dos Bombeiros de Tomar.”
- “Duas dezenas de famílias de um bairro degradado de Tomar foram ontem à tarde retiradas de casa devido à subida das águas do rio Nabão, revelou uma fonte da Protecção Civil. [...] o bairro do Flecheiro foi parcialmente evacuado e os serviços da autarquia já retiraram os bens das habitações precárias para as oficinas da Câmara, onde ficarão depositadas até que os níveis da água baixem. [...] A Estrada Nacional 110 perto de Tomar, na zona da Levada, foi cortada e os Serviços Municipais de Protecção Civil de Tomar enviaram um comunicado, alertando os comerciantes junto das margens para protegerem os seus bens.”
- “O caudal do rio Nabão, em Tomar, já está a baixar depois de ao início da tarde as águas terem invadido a rua principal, onde chegaram a ter um metro de altura. Por esta altura a chuva já desapareceu e a situação está mais calma. [...] No centro histórico os trabalhos de limpeza dos bombeiros e dos funcionários da Câmara Municipal de Tomar prosseguem com gruas que retiram o lixo da cidade, por exemplo árvores e troncos que foram arrastados pelo rio.”
- “O pico do nível do rio Nabão foi atingido pouco depois das 16h00, obrigando ao corte de uma ponte e ao fecho de uma rua, onde a água atingiu os 60 centímetros. A partir das 17h00, o nível começou a baixar e as autoridades esperam que a situação fique regularizada nas próximas horas. Hoje de manhã, a protecção civil distribuiu folhetos junto dos comerciantes, alertando para as cheias na cidade e as lojas foram encerradas e protegidas com tapumes.”
Aqui segue-se a última noticía:
Dois terramotos, de 7,3 graus na escala Richter, abalaram este domingo a costa oeste do Japão e novos alertas de «tsunami» - onda gigante que por vezes se forma no mar após um terramoto - foram emitidos.
O epicentro do último abalo foi localizado a cerca de 130 km da ilha de Kochi (sul do país), disse a Agência Meteorológica do Japão.
Horas antes, um outro tremor de terra foi sentido sobretudo nas cidades de Nara e Wakayama (sul de Osaka). Ambos os terramotos tiveram reflexos em Tóquio (capital do Japão), abalando edifícios no centro da cidade. Não houve registro de grandes danos materiais em nenhum dos casos.
O Japão é uma das zonas de maior actividade sísmica do mundo. Cerca de 20 por cento de todos os terramotos superiores a seis graus na escala Richter ocorrem neste país.
Fonte:http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=4763
Entrevista sobre As Alterações Climáticas

José Rodrigues dos Santos - A minha preocupação com o ambiente é a de um cidadão normal. Nem mais, nem menos.
QA - Como descreveria a forma como as questões ambientais foram sendo abordadas pelos meios de comunicação ao longo das últimas duas décadas? Consegue identificar tendências claras?
JRS - Penso que os meios de comunicação têm dado crescente atenção aos problemas ambientais, reflectindo uma maior sensibilidade do público para o assunto.
QA - Como vê o papel dos meios de comunicação na promoção de uma cidadania ambiental?
JRS - Parece-me fundamental.
QA - É comum a BBC apresentar excelentes documentários sobre questões ambientais em horário nobre. Acha que seria possível uma situação idêntica nas televisões portuguesas?
JRS - Neste momento, penso que só na RTP. Mas não creio que possamos atingir o nível da BBC, que dispõe de recursos gigantescos.
QA - Como descreveria o papel das ONG de ambiente na mediatização das questões ambientais?
JRS - Tem sido importante, por desempenharem um papel que frequentemente contraria a versão oficial.
QA - Qual a sua opinião sobre a forma como a questão das alterações climáticas tem sido abordada pelos media portugueses, particularmente pela televisão?
JRS - Tem sido talvez um pouco pífia, mas é algo que vai mudando aos poucos.
QA - Parece-lhe que tem havido alguma evolução visível (para melhor ou para pior)?
JRS - Sim. Para melhor.
QA - As alterações climáticas surgem hoje como um tema quotidiano. Até que ponto os meios de comunicação contribuíram para a “banalização” do tema entre os cidadãos?
JRS - Bem, não se pode acusar os meios de comunicação de darem pouco ao ambiente e, na mesma penada, acusá-los de darem muito. O tema será banalizado se a cobertura não reflectir o problema real.
QA - O José Rodrigues dos Santos alteraria a forma como as alterações climáticas são tratadas pela televisão pública nacional?
JRS - Apenas o faria na medida em que estou especialmente informado sobre o assunto.
QA - É a primeira vez que a sua obra literária se debruça sobre questões ambientais. Porquê agora e por que razão resolveu olhar, especificamente, para a temática das alterações climáticas e da energia?
JRS - Porque acho que são os grandes desafios imediatos à sobrevivência da nossa civilização e do nosso modo de vida. Os problemas do fim do petróleo e do aquecimento global vão-nos afectar de um modo muito profundo e é bom que as pessoas comecem a tomar consciência disso e que os políticos comecem a lidar com o problema.
QA - Ao longo do seu novo livro “O Sétimo Selo” são muitos os dados que são apresentados. Até que ponto estes retractam a realidade e até que ponto são ficção? De que forma foi garantido o rigor científico e técnico desta obra?
JRS - O romance teve revisão científica do professor Filipe Duarte Santos, que pertence ao painel da ONU que analisa as alterações climáticas, e do doutor Nuno Ribeiro da Silva, o maior perito português na questão energética. O que é ficcional é a narrativa, o enredo. Os dados científicos apresentados não são ficcionais.
QA - O Sétimo Selo” parece estar marcado por algumas preocupações pedagógicas na forma como se explicam determinados fenómenos ao pormenor. Esta preocupação foi consciente ou resultou do seu próprio processo de reflexão e aprendizagem?
JRS - Acho que é um pouco das duas coisas. A minha ideia é que as pessoas compreendam o problema das alterações climáticas de uma forma escorreita, através de uma narrativa de ficção que seja cativante.
QA - Quando alguém termina a leitura desta obra, qual gostaria que fosse a “moral da história” retirada?
JRS - Talvez a de que é melhor pressionar os políticos a agir, subsidiando a investigação e a aposta em transportes de baixo consumo energético e penalizando as soluções que recorrem aos combustíveis fósseis.
QA - Em sua opinião, os cenários mais negros em termos de alterações do clima nos próximos anos e décadas ainda podem ser evitados? Considera que a inovação tecnológica será o elemento fundamental, ou serão necessárias mudanças mais profundas ao nível dos padrões de vida?
JRS - Este é um ponto que divide os cientistas. Muitos acham que já é tarde de mais. Mas há outros que pensam que, se agirmos imediatamente e de uma forma decisiva, ainda vamos a tempo de evitar o pior. Conhecendo a capacidade de auto-regulação do planeta, acredito que estes últimos estejam certos. Se assim for, temos de investir forte na investigação para arranjar soluções alternativas aos combustíveis fósseis, e é preciso taxar pesadamente o alto consumo de combustíveis fósseis.
QA - No futuro, voltaremos a encontrar o Tomás de Noronha a desvendar novos enredos ligados a questões ambientais?
JRS - Não sei. A ver vamos.
QA - Para terminar, se pudesse pedir três desejos ambientais, quais seriam?
JRS - Comprem um híbrido, não fumem e plantem uma árvore (que não arda facilmente).
Conclusão
Esperamos quem tenham aprendido mais, assim como nós, de uma forma diferente com a literatura Portuguesa.
Nós damos uma nota, em global, ao nosso trabalho de Satisfaz Mais.
Esperamos que tenham gostado do nosso trabalho, assim como nós gostámos de o realizar.